segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ainda que o som da flauta soe como gemidos sombrios e frios
e que os ventos na janela soprem como almas solitárias
eu te verei, luz
Tão distante, onde minhas mãos alcançam apenas em sonhos bonitos
Estou perdido, sabendo onde estou
Sei onde estou mas não sei porque ou como cheguei aqui
Não sei como te conheci ou quem és
Mas és a única saída, a resposta, minha esperança.

Não sei para onde vou
E meu mundo começa a se findar aqui
No meu pesadelo vivido
O frio me congela a alma e o desespero me consome
Tudo à regras e limites,
me fazendo serva a não sei quem por não sei o que
Dói.

Anos e anos vividos por nada.
Me perdoe palavras vãs.
Mas nada mais passa aqui agora senão isto.
Todas as palavras de ajuda agora me parecem insultos
Todas as palavras me são insultos.
Todas as pessoas me são morte
E agora eu sou morte
Infeliz morte.




Daniela Ribeiro.

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